Semana do Dia Mundial de Combate à Tuberculose terá eventos para orientar a população no Rio
21/03/2011 - 14h02
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lembrado na próxima quinta-feira (24), uma série de eventos ocorrem durante esta semana no Rio de Janeiro, estado recordista em número de casos no país. As atividades são uma iniciativa do Núcleo Brasil sem Tuberculose, do Fundo Global Tuberculose Brasil, que reúne diversas organizações parceiras na luta contra a doença.O Laboratório Farmacêutico Federal (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde, é um dos parceiros da campanha. De acordo com o diretor da unidade, Hayne Felipe, um novo medicamento será produzido, com o intuito de aumentar a adesão ao tratamento da tuberculose.
“Estamos agora em processo de internalização de tecnologias para a produção de um novo medicamento, que nós chamamos de quatro em um’, pelo fato de agregar quatro princípios ativos em uma única forma farmacêutica, em um mesmo comprimido, para melhorar a adesão das pessoas ao tratamento e reduzir reincidências e a propagação da doença”, disse.
O diretor ressaltou o perigo que o abandono do tratamento traz aos pacientes. “A ideia é que diminua a quantidade de comprimidos a serem tomados e consequentemente e se mantenha a adesão do paciente ao tratamento, tendo em vista que depois de um período há um desaparecimento dos sintomas, criando um relaxamento e uma complicação ao tratamento”, explicou.
Segundo dados do Fundo Global Tuberculose Brasil, o país é o 18º do mundo com mais casos da doença. Anualmente, são registrados em torno de 72 mil novos casos, com quase 5 mil mortes. Os eventos relativos ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose servirão para alertar e orientar a população sobre os riscos da doença, os sintomas, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, o estado, têm a maior taxa de incidência no país, notifica todos os anos 11 mil casos da doença. A taxa de mortalidade registrada é quatro óbitos cada grupo de 100 mil habitantes e a de abandono do tratamento fica em 14 para cada 100 mil.
A secretaria informou também que mantém um programa de combate à doença, voltado ao treinamento e à capacitação de técnicos dos municípios que atendem na rede básica. O estado tem ainda dois hospitais específicos para tratamento da doença: o Instituto de Pneumologia Sanitária Ary Parreiras, em Niterói, e o Hospital Santa Maria, na Taquara, Rio de Janeiro.
Edição: Juliana Andrade
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